Nos últimos dias, tenho tido a oportunidade de ouvir de perto ministros de Estado e outros altos funcionários sobre as políticas do governo atual. Ontem, Meirelles falou que entramos na crise com boa saúde, e vamos sair dela menos machucados do que os grandes. Provou tudo com gráficos e números. Hoje, Stephanes me deixou profundamente irritado ao falar da excelente performance do setor agrícola, ao mesmo tempo em que insinuou que o problema ambiental era um problema menor e que o que interessa mesmo é o mercado. Ainda hoje, Cassel defendeu brilhantemente o programa de agricultura familiar. Na semana passada, Genro trouxe a questão da tortura no regime militar e esquivou-se quando foi estimulado a falar sobre a tortura nos nossos presídios: "está tudo bem nas instituições prisionais federais; o problema é dos estados". Jobim comentou sobre sua pasta, demonstrando conhecimento. Franklin Martins ensinou-nos, com maestria, sobre a relação do governo com a imprensa. Edson Santos deu show ao falar sobre discriminação racial, tema do próximo "post".
É muito interessante ver o barco andar pela perspectiva da casa de máquinas.
Até que enfim é sexta-feira
Há 12 anos
2 comentários:
Só gostaria de lembrar que, por força de instrução legal, não posso dizer o que penso em público. Logo, sugiro que as referências pessoas sejam reduzidas ao necessário. Nunca se sabe quem pode andar espiando por aí.
Bela oportunidade, mesmo.
Eu posso externar minhas opiniões:
Não gosto do Edson Santos, politiqueiro populista. Tenho as melhores impressões do Pronaf. O "trato com a imprensa" é algo delicado: quando governo se mete nisso, com a melhor das intenções, corre o risco de ser autoritário. Mas no país do monopólio da Globo é preciso estar esperto.
No mais, acho que apesar do otimismo dos Meirelles vem crise braba por aí. A economia globalizou-se e, secando lá, seca cá.
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